9/13/2013

Contra o preconceito, pelo Maranhão, pelo Nordeste, pelo Brasil.



                                                      Gustavo Zanneli                                                       

Ao analisar as agressões proferidas pelo advogado paranaense Gustavo Zanneli contra o Maranhão e contra a Região Nordeste, nos questionamos sobre o tipo de família na qual foi criado e em qual faculdade de Direito ele se formou?   

Célula mãe da sociedade é na família que o indivíduo aprende,  e apreende os rudimentos da vida em sociedade, como respeitar as pessoas e instituições; e a interagir com seus semelhantes de modo civilizado, cortez e respeitoso;  valores que, o até então  anônimo  Gustavo,  parece ter jogado no esgoto ao agir de modo extremamente agressivo e preconceituoso contra nosso  Maranhão, nosso amado Nordeste.

“Não, seu Gustavo, nosso povo não é mal educado! Mal educado é o senhor!  

Nossa comida? Com sua diversidade, é uma das melhores e mais apreciadas do País.  O senhor não agrediu só a capital São Luís, cidade que por circunstâncias desconhecidas, escolheste para ganhar a vida: ofendeste todo um Estado, toda uma região, formada por tipos humanos de todo o País e de várias partes do Mundo.   Um povo bonito, acolhedor, hospitaleiro, educado que trabalha   e ajuda o Brasil a crescer” 

Deixando de lado a questão do “berço familiar” fica a pergunta: o que esse rapaz aprendeu nos anos de faculdade? 

Ou todos esses impropérios contra nosso povo, nossa gente, foram usados para  ele sair do anonimato, com todos os riscos calculados, para conseguir alguns segundos de fama negativa; ou se aprendeu algo, esqueceu e jogou tudo fora, ou não aprendeu nada? 

Numa preliminar percebe-se que Gustavo se tornou alvo do enquadramento em alguns tipos penais, de possíveis sanções administrativas, no âmbito da OAB, além da possibilidade de vir a responder a ações no campo civil pelos danos provocados aos maranhenses, ao povo do Nordeste e á própria Constituição Federal no momento em que ele, esquecendo que a República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel (clausula pétrea) dos estados e municípios, com preconceito á flor da pele a separação das regiões Norte e Nordeste do resto do país.

Comportamentos fascistas como o protagonizado pelo advogado Gustavo têm, infelizmente, se multiplicado Brasil afora, principalmente depois do advento das redes sociais com alguns indivíduos usando essas ferramentas para destilar o ódio e o preconceito contra negros, índios, homossexuais e nordestinos.

Felizmente alguns, mesmo em raras ocasiões, terminam alcançados pela Justiça. É o caso, por exemplo, da então estudante de Direito Mayara Petruso, que em 2010, logo após a eleição presidencial escreveu na sua conta no Twitter “Nordestino não é gente. Faça um favor a São Paulo: mate um nordestino afogado”. 

A agressão da estudante ganhou tanta repercussão quanto as que agora são protagonizadas por Gustavo.  Processada na Justiça Federal Mayara foi condenada pelo crime de discriminação com pena de 1 ano, cinco meses e 15 dias de prisão, pena essa convertida em prestação de serviços comunitários e pagamento de multa.

O bom é que, no caso do advogado paranaense, nós maranhenses, nordestinos com muito orgulho, não estamos calados e esperamos que o dito não saia dessa impune.
Contra o preconceito!

Viva o Maranhão!

Viva o Nordeste!

Viva o Brasil !                                    



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