O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, declarou ser favorável
ao pedido de prisão domiciliar de José Genoino, por avaliar que ele ficaria em
risco dentro de uma unidade prisional. Em parecer encaminhado nesta
segunda-feira (2/12) ao Supremo Tribunal Federal, Janot diz que o fato de o
ex-presidente do PT não ter sido considerado portador de cardiopatia grave não
afasta, por si só, a aplicação excepcional da prisão domiciliar.
Genoino, condenado a 6 anos e 11 meses na Ação Penal 470, o processo do
mensalão, deixou no último dia 21 de novembro o Complexo da Papuda, em
Brasília, para ser internado no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal.
Uma junta médica foi criada para avaliar as condições de saúde dele, por
determinação do presidente do STF, Joaquim Barbosa. A conclusão foi a de que o
quadro não exigia o tratamento domiciliar ou hospitalar.
O procurador-geral sugeriu que o deputado licenciado fique em casa por
90 dias, devido a seu histórico, sua idade e seu diagnóstico, e depois
passe por uma reavaliação. “Diante das provas contidas nos autos, conclui-se
que o requerente apresenta delicada condição de saúde e que corre risco se
continuar a cumprir a pena no presídio, onde as condições para atendimento de
problemas cardiológicos são extremamente limitadas ou até inexistentes, no caso
de ocorrências em período noturno ou nos finais de semana”, afirmou.
Genoino está na casa de um familiar, segundo sua defesa. Os advogados do
petista querem que ele cumpra a pena na casa dele, em São Paulo. A defesa
desistiu do pedido para que ele seja transferido para uma prisão paulista, caso
tenha de ficar mesmo atrás das grades. “Na inimaginável hipótese de que venha a
ser o requerente recambiado ao regime semiaberto, requer, desde já, a
desistência dos pedidos formulados para que fosse transferido a instituição
penitênciária adequada no Estado de São Paulo, tendo em vista que aceita
cumprir a pena privativa de liberdade no Distrito Federal”, diz o pedido.
Bispo Rodrigues
Em outro parecer, Janot pediu a prisão imediata do ex-deputado Carlos Rodrigues (PL-RJ), o Bispo Rodrigues, que foi condenado a 6 anos e 3 meses de prisão. O procurador-geral diz que não é cabível o recurso dos Embargos Infringentes apresentado por ele, já que o condenado não obteve o mínimo de quatro votos no STF para sua absolvição. Com informações da Assessoria de Imprensa da PGR.
Em outro parecer, Janot pediu a prisão imediata do ex-deputado Carlos Rodrigues (PL-RJ), o Bispo Rodrigues, que foi condenado a 6 anos e 3 meses de prisão. O procurador-geral diz que não é cabível o recurso dos Embargos Infringentes apresentado por ele, já que o condenado não obteve o mínimo de quatro votos no STF para sua absolvição. Com informações da Assessoria de Imprensa da PGR.
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