Sérgio Ramalho e Leonardo
Barros, O Globo
A Justiça do Rio decretou, no fim da noite desta
segunda-feira, a prisão temporária de Caio Silva de Souza, o homem suspeito de
ter acendido o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade. A informação
foi confirmada pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do estado
(TJ-RJ).
Até a meia-noite e
meia, ele não havia se apresentado. Caso o suspeito não se entregue, policiais
podem ir às ruas para cumprir o mandado de prisão a partir das 6h desta
terça-feira. Assim como o tatuador Fábio Raposo, que já está preso em Bangu,
Caio também teve a prisão pedida pela polícia.
Os dois foram
indiciados por homicídio doloso qualificado e crime de explosão. O delegado
Maurício Luciano de Almeida, da 17ª DP (São Cristóvão), não quis revelar o nome
do segundo acusado, que tem duas passagens pela polícia: numa, ele aparece como
vítima porque teria sido agredido em uma manifestação no Centro, e na outra ele
é acusado de crime de baixo potencial ofensivo, que o delegado também não quis
revelar.
Raposo ainda é
citado em dois inquéritos por participar de protestos: o tatuador é acusado de
ameça, dano ao patrimônio e associação criminosa. A pena pela morte de Santiago
pode chegar a 35 anos. Os dois vão a júri popular.