Nunca antes no Maranhão uma opção
política alcançou tanta repercussão quanto a do prefeito de Imperatriz
Sebastião Madeira por Flávio Dino/governador, isso só demonstra a importância
política alcançada por ele ao longo da sua trajetória política. A quem
insiste em chama-lo de traidor por ter refugado o projeto de Lobão Filho, faço
uso de uma expressão de um texto do radialista Jerry Alves.
Traição? Traição é o caralho!!!
Com o anúncio da escolha por Fávio Dino, blogueiros e "mestres da opinião" do norte e do Sul do Estado, não tão imparciais assim, trataram logo de tentar traduzir negativamente o gesto do prefeito num visível afã de minimizar a sua atitude corajosa. O raciocínio era bem simples: outros poderiam tê-lo com exemplo e fazer a mesma coisa vindo a abrir um precedente perigoso.
É notório. Madeira como prefeito de Imperatriz procurou estabelecer uma relação institucional com o Governo de Roseana que rendeu convênios importantes. A cidade se beneficiou, e Roseana também, já que a imagem dela perante a opinião pública começou a mudar. A relação evoluiu para o apoio ao então candidato dela, o bom Luís Fernando, visivelmente fritado por forças não tão ocultas assim. O candidato era dela, não do grupo. Os fatos, fotos e imagens, provam isso. LF foi sabotado o tempo todo pelos que achavam que eram seus.
Mudou o candidato e o resto da história todos já sabem: Madeira não acompanhou Roseana, e tem razões e contrazões de sobra para tal decisão. Além do mais ele não acredita que o senador Edinho Lobão pode ser um bom governador. Essa opinião o prefeito deixou clara em diversas entrevistas depois da desistência de Luís Fernando e também ao anunciar o apoio a Flávio.
O prefeito de Imperatriz poderia
invocar e justificar um elenco de motivos para não seguir o projeto que
substituiu Luís Fernando, mas preferiu
num primeiro momento, dizer que não acreditava nele e que " só
defendia aquilo que acreditava" .
Madeira foi decente com governadora. 60 dias antes da desistência de Luís Fernando quando os " ventos do palácio dos leões" já anunciavam as outras possíveis opções do grupo dela este já havia lhe dito que não a seguiria caso houvesse mudança de nome . O voto de Madeira era de LF para governador e de Roseana para o Senado. Nenhum saiu candidato.
Madeira foi decente com governadora. 60 dias antes da desistência de Luís Fernando quando os " ventos do palácio dos leões" já anunciavam as outras possíveis opções do grupo dela este já havia lhe dito que não a seguiria caso houvesse mudança de nome . O voto de Madeira era de LF para governador e de Roseana para o Senado. Nenhum saiu candidato.
Na nossa incipiente e frágil democracia ainda temos o direito ao sim e ao não. Sim, no que acreditamos e no que possamos reunir forças para defender; e não no que não acreditamos.
O cidadão, por vezes, publicamente pode dissimular
uma escolha que verdadeiramente só se revelará com força na solidão da cabine
eleitoral; Madeira não agiu assim e
tratou logo de externar para todo o Maranhão o sim ao projeto de Flávio Dino.
Traição?
Balela, falácia, frases prontas, clichê para desconstruir uma atitude digna de registro nos livros de história do Estado.
Pelo até então alinhamento com o palácio, o que poderia ser considerado regra, seria Madeira ter engolido princípios e dizer um sim cego, inconsequente, cheio de medo por conta de eventuais retaliações. Madeira disse não a Lobão Filho e um sim bem grande á sua consciência, ao que acredita e ao sentimento e vontade de milhares de maranhenses que querem de fato e de direito uma verdadeira transformação no Maranhão.
Madeira simplesmente exerceu o seu direito de escolha. Traição seria ferir de morte sua consciência seguindo um projeto no qual não acredita e que colide com a vontade maior dos maranhenses de um Estado desenvolvido, justo e com oportunidades iguais para todos.