11/17/2014

O POSSIVEL FIM DE UM RIO. SALVE NOSSAS ÁGUAS


Flávio Dino assumirá o governo do Maranhão no momento do despertar da atenção de parte da população brasileira para um problema que os antigos, numa interpretação livre da Bíblia, já previam: a falta de água potável, considerada por muitos cientistas  o “ petróleo do futuro.   
Foi preciso a maior metrópole da América do Sul, São Paulo, começar a padecer da falta desse produto  vital para a existência humana, fato que ocupa diariamente o noticiário nacional, para que essa questão entrasse na pauta, pelo menos daqueles que se preocupam com o futuro.

Aqui, mesmo, no nosso abençoado Estado, antes mesmo do caso de São Paulo “ ganhar a mídia”  já surgiu uma luz amarela. Refiro-me a São Luís, a nossa capital, que com seu um milhão de habitante já começa a sentir a falta do produto.  Um problema, não se enganem, que só tende a piorar, uma vez que não há a preocupação, nem uma discussão em andamento sobre o cuidado com nossas águas, as águas do Maranhão.
O texto foi aberto avocando o nome do governador eleito Flávio Dino para que este não deixe de incluir e priorizar na sua gestão a questão da água, um recurso que hoje se sabe, ser finito.

O manancial hídrico do Maranhão é grande.  Abrigamos vários rios, riachos, lagos  e lagoas, grande parte  sofrendo diariamente  ataques ambientais  que poderiam ser evitados,  ou pela consciência  ou pelo Poder de Policia dos gestores públicos.

O Governo do Estado precisa envolver os 217 municípios  do Maranhão  numa ampla discussão  sobre a necessidade de se preservar ou mesmo salvar nossas águas por meio de medidas de repressão, contenção e de prevenção. E xistem leis estaduais, municipais e federais para isso.

Para não ir muito longe até pelo fato do assunto ser extenso, chato e  complexo,  falemos um pouco do nosso Rio Tocantins que vem sendo  degradado ao longo dos anos pela ação humana e pode  vir a desaparecer daqui a alguns anos.

Não se enganem!  Nessa marcha outras gerações, além da nossa, não terão o privilégio, na linguagem de hoje,   de curtir e compartilhar essa riqueza chamada Rio Tocantins.
 Vou me ater á realidade da situação do rio na nossa região. Primeiro veio a hidrelétrica de Tucurui que influenciou fortemente no desaparecimento de espécies de peixes que  na década de 1980, eram abundantes  por aqui.  Depois, mais duas hidrelétricas ( Peixes e de Estreito)  que  deram fim às grandes enchentes  responsáveis pelos preservação dos lagos berçários que serviam para o repovoamento da ictiofauna  do velho Tocantins. Os lagos desapareceram e com eles, os peixes.

Com  crescimento das grandes cidades ao longo do Rio, incluindo Imperatriz,  o Tocantins passou a sofrer de um outro problema: a poluição.
Hoje, e não é segredo para ninguém,  todo esgoto  produzido na cidade, é despejado  no Tocantins sem tratamento,  num crime ambiental sem precedentes.  A Estação de esgoto da  Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão-CAEMA  inaugurada, se não estiver enganado, na década de 1990, há muito deixou de funcionar.

O Tocantins, aqui nas nossas barrancas, ainda sofre com o assoreamento, a extração ilegal de areia, e a destruição da vegetação ciliar, como vem sendo  denunciada há anos  pelo ambientalista Domingos Cezar.

Por fim, para o  bem da nossa e das futuras gerações, eu , você,  nós  precisamos levar a sério essa situação e agir antes que seja tarde demais.

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