Quem com isenção conhece de perto o trabalho da atual equipe do Hospital Municipal-HMI, o Socorão, incluindo o corpo diretivo, médicos, enfermeiros, técnicos, auxiliares, fica impressionado com o grau de resolutividade dos problemas que ali chegam de toda região. O resultado desse trabalho é o salvamento de milhares de vidas. “ Infelizmente esse trabalho de salvar vidas não recebe mais atenção do que os problemas pontuais que todo hospital público do Brasil enfrenta” comentou o diretor geral daquela unidade de saúde o médico Alison Mota.
Segundo Alison Mota, a eficácia da equipe do HMI já foi testada e comprovada centenas de vezes. A última observa o médico, foi na semana passada na assistência às vítimas do acidente de um ônibus/coletivo que ocorreu na rotatória da Ponte Dom Afonso Felipe Gregory. “ De imediato, orientados pela secretaria de saúde Conceição Madeira, acionamos toda a nossa equipe que assistiu com presteza todos os feridos. Fizemos o mesmo com as vítimas de um outro acidente ocorrido um dia antes” asseverou o diretor.
Alison Mota ressaltou que os problemas enfrentados pelo Município não são diferentes de seus congêneres Brasil a fora. “O diferencial é que enquanto muitos estão fechando ou já fecharam as portas, em Imperatriz com o mesmo recurso de sete anos atrás, os pacientes, seja qual for a origem, continuam sendo atendidos e vidas salvos” completou.
Para Alisson Mota, a preocupação de quem se propõe a apenas criticar o varejo, ou seja, as questões pontuais de pequena monta, comuns a todo o sistema de saúde do Brasil, deveria se estender ao crônico problema do financiamento do sistema. “Esse, sim um problema que só se agrava a cada dia. É muito fácil chegar ao Socorrão se ater superficial e de imediato procurar um microfone para criticar por criticar. O discurso seria outro: o de que o sistema de saúde local precisa em caráter de urgência de socorro financeiro seja do Governo do Estado ou do Governo Federal.
O Hospital Municipal de Imperatriz, o Socorrão é referência no atendimento de alta complexidade para mais de cem cidades, incluindo cidades do Pará e do Estado do Tocantins. Com a crise de financiamento que se abateu sobre a saúde pública no Brasil nos últimos anos, e que levou ao desmantelamento do sistema em diversos municípios desse lado do País, Imperatriz passou a ser uma das únicas alternativas para o tratamento emergencial e seletivo para centenas de pacientes. Segundo Alison Mota, já são quase 19 mil atendimentos por mês e com os mesmos recursos de 2008. “Portanto, não temos problema de gestão, nosso problema é de financiamento” concluiu o diretor do municipal.