A sabatina do presidente da FCI pelo
legislativo é uma exigência prevista na Lei Orgânica
Em sessão extraordinária realizada
nesta quarta-feira (4), a Câmara de Vereadores aprovou a indicação do músico e
produtor cultural Chiquinho França como o novo gestor da Fundação Cultural de
Imperatriz (FCI), em cumprimento ao artigo 14 da Lei Orgânica do Município.
Durante mais de duas horas,
Chiquinho França foi sabatinado pelos vereadores e apresentou os projetos da
FCI para os próximos quatro anos.
Para o vereador Adhemar
Freitas Jr. (PSC), a FCI deve priorizar a manutenção do patrimônio cultural do
Município. “Temos manifestações que precisam do apoio direto do Município, como
as festas juninas e outras atividades artísticas”, observou.
O vereador Alberto Sousa
(PDT) questionou a ausência de legislação que preserve o patrimônio
arquitetônico da cidade e sugeriu a criação de lei de tombamento de prédios
históricos.
A efetiva aplicação da lei
1541/2014, que criou o Fundo de Incentivo a Cultura, é preocupação do vereador
Ricardo Seidel (Rede). Ele cobrou os repasses do Fundo aos projetos culturais e
lamentou que desde a criação da lei, o Município não cumpriu com essa
obrigação.
O vereador Ditola (PEN) solicitou
a imediata construção de um museu e uma biblioteca municipal, e a intervenção
da FCI para que o Ecad não seja somente um órgão arrecadador de direitos
autorais, mas contemple compositores, músicos
e criadores com os repasses previstos em lei.
Idealizador da Lei de Incentivo a Cultura,
Rildo Amaral (Solidariedade) disse que o Teatro Ferreira Gullar ficou pequeno
para as exigências de artistas e público. Revelou que destinou R$ 120 mil em
emendas para as festas juninas e reforma do teatro.
Já o vereador Aurélio (PT)
lamentou o pequeno orçamento para a cultura e também cobrou a destinação dos
recursos do Fundo de Incentivo a Cultura a classe artística. Reivindicou ainda projetos
de cinema e teatro nos bairros.
Carlos Hermes (PCdoB) quer a
construção do Arquivo Público Municipal e lembrou que o deputado estadual Marco
Aurélio, colega de partido, destinou emenda de R$ 500 mil com esse objetivo.
Bebe Taxista (PEN)
reivindicou a realização das festas carnavalescas nos bairros, valorização da
musica imperatrizense e apoio ao reggae.
Bispo Eudes (PRP) lembrou a
necessidade de se resgatar o antigo Festival Balneário Estância do Recreio
(Faber) e da banda municipal.
Paulinho Lobão (PDT) pediu o
resgate do carnaval com trios elétricos.
Chiquin da Diferro (PSB)
criticou a falta de emendas das bancadas estadual e federal e disse que o
Município não tem condições de arcar sozinho com festas populares, como o
Carnaval.
O vereador Fábio Hernandez
(PSC) apresentou sugestão para que a FCI busque parcerias público-privadas,
orçamento para o Carnaval e o São João e disse que vai apresentar emenda para o
setor cultural.
O presidente José Carlos
Soares (PV), antes de encerrar a sabatina e encaminhar a votação, pediu “para
que não haja discriminação com os artistas regionais” e garantiu que a Câmara
Municipal dará total apoio a FCI.
“A Casa está a disposição
para apoiar todo e qualquer projeto que traga benefícios a nossa gente”,
finalizou. (Ascom/Câmara)