A convite do vereador Carlos
Hermes a equipe diocesana da CF divulgou as ações da campanha e convidou os
edis para que proponham projetos na área ambiental
A Campanha da Fraternidade (CF), ação
da Igreja Católica, neste ano tem como tema: “Fraternidade: biomas brasileiros
e defesa da vida” e o lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15). A convite
do vereador Prof. Carlos Hermes (PCdoB), a equipe diocesana da CF fez o
lançamento da campanha na manhã de terça-feira (14) na Câmara Municipal. Na
ocasião foram repassadas informações sobre as ações da campanha e sobre os
biomas brasileiros.
O coordenador da CF, Eduardo
Camberimba ressaltou o poder da informação em relação à preservação dos biomas:
“Nesse primeiro momento nós estamos levando essas informações para criar nas
pessoas o desejo de preservar o meio ambiente, não somente preservar, mas
também tentar recuperar aquilo que foi perdido. Para Eduardo, a Câmara também
tem muito a contribuir: “A gente espera projetos de lei referentes a isso, que
a Secretaria do Meio Ambiente também faça a sua parte, o poder executivo, o
poder legislativo, porque não adianta somente o povo ou somente eles fazerem a
parte deles, todos nós devemos fazer algo”.
Desde de 1979 a Campanha da
Fraternidade tem se voltado para as situações existenciais do povo e abordado
temáticas socioambientais. Para o vereador Carlos Hermes essas ações são
fundamentais: “A partir da Campanha da Fraternidade a igreja tem o engajamento
de chamar a sociedade para refletir e discutir seus problemas sociais e
perceber que não podemos viver apenas na busca da transcendentalidade, sem
perceber que o Cristo vive no dia a dia. Então, parabéns à Igreja Católica por
abraçar essa causa. E nós aqui temos que dar a contribuição no sentido de levar
essa mensagem informativa para as comunidades e atuar legislativamente e
politicamente nesse sentido”.
Campanha da Fraternidade
No Brasil, a Campanha já existe há
mais de 50 anos e sua abertura oficial sempre acontece na quarta-feira de
cinzas (início da Quaresma), época na qual a Igreja convida os fiéis a
experimentarem três práticas penitenciais: a oração, o jejum e a esmola. Neste
ano a proposta é dar ênfase a diversidade de cada bioma e criar relações
respeitosas com a vida e a cultura dos povos que neles habitam, a partir do
método ver, julgar e agir. Além da comunidade, igreja também busca comprometer as
autoridades públicas com a responsabilidade sobre o meio ambiente.
Biomas
Os especialistas dividem a enorme
extensão brasileira em seis biomas - a Amazônia, a Caatinga, o Pantanal, o
Cerrado, a Mata Atlântica e o Pampa. Pelo menos três desses biomas estão
presentes no Maranhão: Amazônia, Cerrado e Caatinga. O Maranhão possui uma
larga faixa pertencente ao bioma amazônico, razão pela qual mais da metade do
estado está incluída na Amazônia Legal. Importante também é a área de Cerrado
existente no Sul do Maranhão, onde, há algumas décadas, reina o agronegócio. E
temos uma faixa, colada no Piauí, que tem todas as características da Caatinga.
Além desses três biomas, não podemos nos esquecer que o Maranhão possui uma
longa costa onde se abrigam outros tipos de ecossistemas, como: manguezais,
dunas - os famosos Lençóis Maranhenses - e praias. De certa maneira, repete-se
no Maranhão a enorme biodiversidade que ocorre no Brasil.