Presidente do Sinduscon/ Imperatriz João Neto
Franco diz que mão de obra é 100% local
Quem passa diariamente pela Rua Maranhão, ali na antiga Lagoa da Covap,
e observa a movimentação de dezenas de operários da construção civil desperta logo a curiosidade para saber o que
será erguido ali. Não demora muito para o curioso descobrir de que se trata
de mais uma obra tocada pelo Construtora
Aracati que foi contratada para
construir as instalações de uma Faculdade que já opera na cidade, segundo se informa, com 13 cursos e 4.500 alunos.
A construção da faculdade naquele setor chama atenção por marcar a
retomada do processo de urbanização da antiga Lagoa da Covap, iniciada entre o
final dos anos 1970 e início anos 1980. Num rápido levantamento a constatação de ser
o único setor do Centro da cidade que ainda não tinha sido ocupado. Durante
anos os lotes remanescentes só serviram
como depósito de lixo, especulação imobiliária
e até, num passado não muito distante, local de desova de pessoas assassinadas. Hoje, os terrenos que
não abrigam algum tipo de
construção, começam a ser murados ou estão
embargados com placas indicativas de processo de desapropriação pela
Prefeitura.
Até então a obra privada de maior
vulto naquele setor , à vista de todos, era o Aracati Ofice, imóvel empresarial que muito valorizou a
área. Simultâneo também foram erguidos
dois grandes prédios de apartamentos. Antes,
anos atrás, o Governo do Maranhão construiu ali o Centro de Convenções de
Imperatriz.
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil/ Imperatriz
(Sinduscon) engenheiro João Neto Franco disse à reportagem
que
a obra abriu espaço para a
contratação de pelo menos 100 operários,
além de empresas especializadas no fornecimento de serviços técnico/científicos .
João Neto Franco/Sinduscon |
“O que deve ser destacado é que esse grupo teve o cuidado de optar pela expertise
de uma empresa daqui que por sua vez pôde contratar fornecedores e operários, sem exceção,
também da cidade”
João Batista e Pedro Antônio/carpinteiros |
O carpinteiro João Batista Oliveira, 35, que mora na Vila Zenira estava
há seis meses parado. Disse que já imagina sair da cidade para procurar trabalho
em outra região quando, indicado por um amigo, foi convidado para trabalhar na “obra”.
O mesmo aconteceu com o também
carpinteiro Pedro Antônio Nascimento, 46 anos, que mora na Vila Redenção. “
Esse serviço chegou em boa hora” ressaltou o operário. Para o presidente do Sinduscon/ Imperatriz João Neto Franco qualquer
obra, de médio e grande porte, cujas empresas cumpram as obrigações legais e opte pelos fornecedores
de insumos e mão de obra locais é motivo de comemoração. “Esse setor da
nossa economia que tinha sofrido um
pequeno recuo voltou a reagir e isso é bom para todo mundo” ressaltou o líder
classista.
Professor da área de gestão e empreendedorismo o ex-vereador Esmerahdson de Pinho comenta que mais do que a
construção de um prédio outra leitura
que pode ser feita dessa iniciativa é que
apesar do clima de recessão que ainda domina o País, os grandes grupos
econômicos continuam a acreditar no potencial
de Imperatriz e assim “ nossa cidade vai enfrentando a crise e mostrando toda
sua força” destacou o professor.
Esmerahdson Dipinho/professor |
O setor da antiga Lagoa da Covap, cujo nome decorre de uma famosa casa
de materiais de construção que durante
anos funcionou na esquina da Getúlio
Vargas com a Pará, era uma área pantanosa no “coração da cidade” que começava na antiga BR 14, hoje Avenida Dorgival Pinheiro de Souza e se estendia até às imediações do Templo
Central da Assembleia de Deus.