ElsonMAraujo
No pulsar da vida imperatrizense, embalado pelos
ventos gerais, que já circulam pelos quatro cantos da cidade, um guardião,
filho ilustre do empreendedorismo e da visão de futuro, se destaca, entrelaçado
à própria trama histórica da cidade, do Maranhão e do Brasil hoje
aniversaria.
Há mais de cinco décadas, mais
precisamente há 54 anos, o Jornal O
Progresso ergue-se como testemunha ocular, narrador incansável dos
acontecimentos que marcam nosso tempo e
ajudam a moldar a arquitetura da nossa história. Desde sua
fundação, em 3 de maio de 1970, pelo ímpeto visionário de José Matos Vieira e a
maestria do jornalista Jurivê Macedo, este periódico transcendeu o papel de
mero veículo informativo, transformando-se em um monumento vivo da imprensa
interiorana brasileira.
Nas páginas deste diário,
entrelaçam-se as vozes dos que construíram e tecem a história de Imperatriz. O
nome de Jurivê Macedo ressoa como um farol de lucidez, guiando não apenas os
leitores, mas a própria essência do jornalismo regional. Sob sua pena, as
crônicas, notadamente as políticas, ganharam vida, capturando a alma da cidade
e eternizando-a em tinta e papel. Não
por acaso essa vivência jornalística/literária o eternizaram, anos depois, como um dos fundadores da Academia
Imperatrizense de Letras (AIL)
Contudo, a jornada do
Progresso não se restringe ao passado glorioso. Sob a égide do advogado
Agostinho Noleto, brevemente, e agora sob a batuta firme de Sérgio Nahuz
Godinho, o legado da imparcialidade e da relevância se perpetua. O jornalismo
ali praticado e consagrado, é mais que um ofício; é um compromisso com a
verdade e com a preservação dos pilares democráticos.
E é nesse compromisso que o
Jornal O Progresso se ergue como um baluarte da liberdade de expressão e da
democracia. Em um país onde a informação tem se tornado moeda de troca e a
verdade se torna fugidia, esta instituição se mantém firme, oferecendo não
apenas as notícias do dia, mas também um espaço sagrado para a expressão
literária. A cidade que acaba de ganhar
a “maioridade democrática” com
direito de eleger o prefeito em dois turnos, também pode se orgulhar de ser uma
das poucas cidades do País, a ter um jornal impresso diariamente.
A Academia Imperatrizense de
Letras, agraciada com o acervo histórico do jornal desde os seus primórdios,
encontra ali não apenas registros de eventos, mas fragmentos da própria
identidade cultural da região. É a convergência entre o factual e o artístico,
entre a crônica do cotidiano e a poesia da alma, que torna o Jornal O Progresso
um símbolo incontestável do poder da imprensa em uma sociedade democrática.
Neste 3 de maio, celebremos
não apenas o aniversário de uma publicação, mas o legado de uma instituição que
transcende o papel e a tinta, erguendo-se como um farol de luz e verdade em
meio à tempestade da desinformação.
Que o Jornal O Progresso
continue a brilhar, iluminando os caminhos da nossa história e da nossa
consciência cívica.
Tenho orgulho de ao longo dos
anos ajudar e a fazer parte desta bela e rica história.
Parabéns,
Vida longa a O Progresso!