O Programa DST/Aids do município que compreende o Centro de Testagem
e Aconselhamento – CTA e o Serviço de Assistência Especializada em HIV/Aids –
SAE, mantidos pela Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS), explica que dentro do
cronograma de tratamento e acompanhamento dos pacientes diagnosticados com HIV
em Imperatriz, sua responsabilidade se restringe apenas à administração dos
medicamentos que são fabricados e enviados pelo Ministério da Saúde (MS) por
meio da coordenação Estadual de Saúde.
A coordenação do Programa informa
que o Estado recebe os medicamentos do Governo Federal e encaminha para
Imperatriz. “Geralmente chega via correio, entretanto, quando o serviço está
suspenso, a Prefeitura por meio da SEMUS se responsabiliza pelo transporte e
manda buscar os medicamentos”, esclarece a coordenadora Lusivania Sousa.
Ela
acrescenta ainda que no que se refere a distribuição dos medicamentos, a
responsabilidade da Prefeitura é fazer boletim, mapa e programação – o que é
feito de acordo com o calendário disponibilizado pelo MS.
“Sempre dia 1º, quando abre o
sistema nós preenchemos todos os dados necessários para recebimento da
medicação. Nós fazemos boletim, mapa e programação, onde detalhamos o que
temos, o que foi dispensado para pacientes, e o que vamos precisar; além de
observar se há necessidade de aumento no número de antiretrovirais a nos ser
enviado, o que acontece quando há novos pacientes cadastrados”, informa.
Quanto ao remédio Nevirapina 200mg
que continua em falta, a coordenação ressalta que o problema está nos próprios
laboratórios do Ministério da Saúde que no momento não estão fabricando a
substância (conforme notificação enviada pelo Ministério a Secretaria Municipal
de Saúde), e por isso ela não chegou em Imperatriz na última remessa recebida
na manhã dessa sexta feira (14).
É importante lembrar ainda que em
julho de 2016 o atraso na distribuição
dos medicamentos em Imperatriz, citada na recomendação do Ministério público, se
deu justamente em função da falta dos medicamentos nos laboratórios da fundação
Oswaldo Cruz – administrados pelo Governo Federal.
CENÁRIO LOCAL DA AIDS – De
acordo com o dados de fevereiro deste ano, Imperatriz tem uma população de 253.123 habitantes, sendo
119.227 do sexo masculino e 128.278 do sexo feminino. Dentro desse cenário
populacional tem-se registro de 1574 casos de AIDS notificados até janeiro de
2016. Desse total, 938 são homens e 636 mulheres. A incidência de casos
registrados por ano foi a seguinte: 60 em 2013, 113 em 2014 e 81 em 2015.
Maria Almeida/ASCOM