12/16/2016

Nos dias de hoje é assim...


Não há nenhuma dúvida de que vivemos hoje o ápice da livre manifestação do pensamento, uma das garantias mais importantes da nossa democracia . E o ótimo disso tudo  é a variedade dos meios necessários postos à nossa disposição para que possamos fazer uso dessa prerrogativa constitucional potencializada pelos avanços tecnológicos, quase que diários. Dias de  informação em tempo real na vida dos brasileiros.

A informação não espera mais o dia seguinte para chegar até ao “ consumidor”. É tudo instantâneo. Trata-se do que eu chamaria de “fast News”, a notícia foguete, imediata, sem a devida apuração.

Como podemos perceber, naturalmente, essas maravilhas tecnológicas postas à nossa disposição para o exercício da livre manifestação têm seus efeitos colaterais, alguns ainda nem mensurados. 

Sente-se que na maioria das vezes- atento-me mais à informação-  o que chega até nós é um produto inacabado que é jogado nas redes irresponsavelmente sem nenhuma técnica, sem nenhum apuro; e que, dependendo do que seja, provoca danos irreparáveis. Os detalhes, os desdobramentos, as explicações aparecem depois, mas ai o estrago já foi feito. 

Em tempos de hoje as conversas das praças, mesa de bar, quarto de motel, banheiro; gafes, discursos, frases soltas, ganharam força e importância, uma vez que não ficam mais “ encarceradas” a esses espaços. Em segundos ganham o mundo ilustradas até com fotografias e pequenos filmes. Muita gente quer mostrar que é bom no esporte, que é bom de cama, e até bom de tiro. Os assassinatos são filmados e sem escrúpulos jogados na rede. Têm vários filminhos desses rolando nas redes.

Diante desse contexto mediático que nos é imposto surge a necessidade de uma nova adaptação, nossa como consumidores/ receptores, e por vezes emissores diante dessas “várias verdades” que circulam por ai: nem tudo que vemos ou lemos é verdadeiro. Nem tudo deve ser passado para frente ou compartilhado. Há muita nojeira circulando na rede. E bem aqui aparece a necessidade de  aperfeiçoar nosso papel de cidadão, um cidadão mais crítico, mais consciente que tem nas mãos a prerrogativa de apenas com “um clique” compartilhar uma verdade ou potencializar uma mentira; ou de maneira cidadã, com o mesmo clique,  deletar tudo ali mesmo. A escolha é de cada um.


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