Para o cantor e compositor Erasmo Dibbel, o Centro Cultural Tatajuba,
entre as múltiplas atividades de fomento a cultura, agora abre espaço para o
Projeto Tatajuba pela música, que se propõe a promover a música
autoral produzida pelos artistas regionais. Até janeiro de 2024 serão cinco
edições, mas segundo ele, o projeto deve ser ampliado. A primeira edição é hoje,
com entrada franca, a partir das 19h, no palco do CCT, e o primeiro convidado é
o também cantor e compositor Washington Brasil.
São dois poetas, dois grandes letristas/compositores, cantores que se
juntam num projeto musical inédito em Imperatriz, promovido pelo Centro
Cultural Tatajuba com o patrocínio do Instituto Cultural Vale (ITV) e apoio da
Suzano, para uma espécie de “diálogo musical”.
Não se trata de um show dançante. Conforme destaca Erasmo Dibbel, curador do evento,
já que o público (limitado a cem pessoas) terá a oportunidade de presenciar um
diálogo musical intimista, onde será possível viajar pelos acordes de canções
autorais dos artistas, algumas inéditas, e que marcaram e pontuam caminhada
artística de ambos.
Nesta entrevista Erasmo fala um pouco do mais que que será apresentado nesta
sexta-feira às 19h no Centro Cultural Tatajuba
Pergunta- O fato do
Centro Cultural Tatajuba incluir esse projeto no cardápio do mês de setembro te
deixa animado, no quesito da promoção da música maranhense?
A vinda do CCT para Imperatriz
acabou nos trazendo alento. Para mim, hoje
ele é uma espécie de salvaguarda para nossa
movimentação artística, um espaço onde nós,
fazedores de arte,
podemos contar para desenvolver
nosso trabalho autoral. Hoje, não vamos tocar, a não ser a música que
produzimos. Espero, que, junto com a equipe do Tatajuba, realizar um show
dentro da expectativa de todos que lá forem para nos prestigiar.
Pergunta- Você
poderia ter convidado, para esta primeira edição, qualquer outro artista, entre
os muitos da seara musical maranhense. Há
um motivo especial para ter convidado Washington Brasil?
Faltava na cidade um espaço para
trabalhar a música autoral. Acompanho a
luta do Washinton Brasil e vejo nele uma certa dificuldade, nessa coisa de
poder mostrar seu trabalho autoral num espaço adequado, com som de qualidade,
com uma plateia atenta. Acredito que todos irão gostar, já que ele é um
compositor talentoso. O Washinton merece
essa atenção. Assim, como merecem a Lena
Garcia, o Zeca Tocantins, o Paulo Maciel, e o Henrique Guimarães, que serão os
próximos convidados do Projeto Tatajuba pela música.
Pergunta- Erasmo e
Washington são amigos há muito tempo , dessa amizade já saiu alguma
composição?
Ainda não fizermos um trabalho autoral juntos, mas em duas oportunidades estive presente na gravação de músicas de
autoria dele. Viração, no tempo do “Canta Imperatriz” e recentemente na música Filhos do Maranhão, músicas
inclusas no repertório desta noite.
Sou um compositor solitário,
mas não me escondo quando os parceiros aparecem com algum tipo de provocação
musical
Pergunta- O
repertório já foi escolhido?
Cuidamos disso como muito
carinho. Definimos por doze músicas, autorais, de cada um. Entre elas, algumas inéditas. O formato do show é intimista, com um certo
cunho didático. Uma oportunidade ímpar e gratuita para o imperatrizense
aprender um pouco mais sobre nossa música.
Pergunta- Como você
espera que o público saia desse encontro música?
Confesso-me ansioso, mas
espero q um público bem a vontade, que aprecie o que vamos apresentar, e que
saia do show com a certeza de que Imperatriz, e o Maranhão, produzem uma música
de qualidade
Pergunta- Que
análise você faz dessa abertura para a valorização da arte promovida pelo
Centro Cultural Tatajuba?
Muito feliz com a abertura desse
espaço que surgiu para valorizar nossa arte, uma vez que o Tatajuba já se
tornou, em tão pouco tempo, um ponto de difusão da nossa cultura. Um espaço, onde
o artista, de todas as áreas, pode se expressar
Pergunta- Além
desse projeto há outros em andamento?
Eu ainda estou me descobrindo,
dentro dessa função de curadoria, mas sim, temos uns projetos que estou elencando,
e que pretendo levar para a aprovação da coordenação do CCT. Se nossas ideias casarem, e forem aprovadas, não
tenha dúvida: vem muita coisa legal, no campo musical, pela frente.