Protestos em Portugal
Percebe-se hoje claramente
uma profunda inquietação coletiva da alma humana em todo o mundo.
Assim como a economia a
insatisfação com o status quo também se globalizou. Ninguém está satisfeito.
Do oriente ao ocidente o que
se ver são manifestações e protestos contra quase tudo. Do preço da ração para
gato, melhores salários, saúde e transporte; passando pela violência, governos
opressores e comprovadamente corruptos, até contra quem maltrata os animais. Os
protestos se multiplicam.
O homem vive um momento de
transbordo, solta gritos em todos os quadrantes da Terra e começa a redescobrir
o poder e a força da junção das vozes; da capacidade de transformar a sociedade
e moldar, ou modificar o poder estabelecido.
Um sentimento nobre que não
pode ser contaminado pelos oportunistas de plantão; caso contrário, tudo,
dependendo de cada caso, pode se
transformar num jogo político sujo da
pior espécie.
Penso que é hora de um
reordenamento comportamental dessa aldeia global, com a quebra de paradigmas,
de verdades impostas e do surgimento de uma nova ordem que reúna homens e
mulheres desprovidos do sentimento autofágico; sentimento esse que tem
produzido intolerâncias, interesses espúrios, guerras, assassinatos e desvios
de recursos públicos.
É hora do ser humano parar de se alimentar de outros
seres humanos.
Como diz o bispo de Imperatriz Dom Gilberto Pastana, que nos deixa este mês, toda ação humana gera vida ou morte. Essa
assertiva pode se completar ao se afirmar que o homem tem a capacidade de
escolher o que deseja gerar.
Thomas Hobbes dizia que o
ser humano é movido pelo desejo e pelo medo. O bom é que nesse momento o desejo
é por uma sociedade humanizada, justa e Fraterna, por um mundo melhor.