2/02/2021

ARTHUR LIRA É O NOVO PRESIDENTE DA CÂMARA, RODRIGO PACHECO DO SENADO. CENTRÃO GANHA DE LAVADA

 

Não foi uma vitória pequena a de Arthur Lira (PP-AL), o candidato bolsonarista eleito ontem presidente da Câmara dos Deputados. Teve 302 votos, suficientes para fechar a fatura no primeiro turno, contra 145 de seu principal adversário, Baleia Rossi (MDB-SP).

Elegeu-se com folga e pesado apoio financeiro do Planalto e, imediatamente, voltou-se contra os adversários. Estava há minutos empossado quando anulou o ato do antecessor, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que havia reconhecido o bloco de Rossi, privando aliados do emedebista de pelo menos um dos quatro cargos a que teriam direito na Mesa Diretora. Argumentou que o PT havia se registrado como integrante do bloco derrotado com seis minutos de atraso. Maia havia perdoado, Lira escolheu ser rigoroso e formalista, ampliando seu espaço no comando da Casa. Estes outros cargos da Mesa serão preenchidos em votação hoje.

Ato contínuo, os prejudicados, em particular os partidos de esquerda, anunciaram que vão recorrer ao Supremo Tribunal Federal para anular a primeira decisão do novo presidente. O grupo é composto por PT, MDB, PSB, PSDB, PDT, PCdoB, Cidadania, PV e Rede. (G1)

Indiferente aos protestos e ameaças de judicialização, Lira comemorou a vitória com uma festa durante a madrugada numa mansão no Lago Sul. Ministros que trabalharam para a vitória do líder do Centrão confraternizavam com hoje críticos do presidente Bolsonaro, como a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP). 

Mas a noite teve dois destaques. Um foi o karaokê, no qual Cristiane Brasil, filha de Roberto Jefferson, cantou Malandragem, sucesso de Cássia Eller — ano passado, Cristiane passou 33 dias presa por suspeita de corrupção. O outro foi uma bolsa de apostas sobre quanto tempo Lira levará para enquadrar Bolsonaro. (Fonte Folha)

                                               SENADO 

No Senado, a decisão e a transição foram razoavelmente tranquilas. Com um leque de apoio que ia de Jair Bolsonaro ao PT, Rodrigo Pacheco (DEM-RJ) foi eleito com 57 votos. Abandonada até pelo próprio partido, Simone Tebet (MDB-MS) ainda conseguir 21 votos. Bolsonaro comemorou no Twitter a vitória do aliado, e aproveitou para destacar a votação em cédulas de papel. (FONTE UOL)

Falando já como presidente eleito do Senado, Pacheco disse que as reformas serão retomadas “com urgência, mas sem atropelos”. Ele também se comprometeu a reunir líderes semanalmente para construir a pauta de votações, com vaga destinada à bancada feminina. (UOL)

Quem roubou a cena no Senado foi Kátia Abreu (PP-TO), que apareceu com uma saia feita com gravatas de 30 colegas, todas com o dono original devidamente identificado. (Folha)

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